Subestação

A subestação é uma instalação que possui um conjunto de condutores, aparelhos e equipamentos com o objetivo de modificar as características da energia elétrica, permitindo a sua distribuição aos pontos de consumo em níveis adequados de utilização.

As subestações, exemplificadas na figura 1, também são responsáveis por manobras, proteção, transformação de tensão e de corrente, compensação de reativos para dirigir o fluxo de potência e possibilitar a sua diversificação através de rotas alternativas, ou de uma combinação entre essas no Sistema Elétrico de Potência (SEP).

 Figura 1: Exemplo de uma Subestação Externa no Paraná.

Figura 1

 Fonte: Site do Governo do Paraná (2016).

Classificações de Subestação

Em termos gerais, as subestações podem ser classificadas de acordo com a sua função, instalação e tensão de operação.

Quanto à função:

  • Subestação Emissora de Transmissão: são subestações próximas à geração de energia. Possuem transformadores elevadores para subir a classe de tensão, consequentemente abaixando a corrente, e, assim, consegue transmitir a energia com perdas por efeito joule reduzidas e com seções nominais dos condutores menores.
  • Subestação Receptora de Transmissão: são subestações instaladas entre a geração e a distribuição. Se mantém a mesma classe de tensão e são utilizadas para seccionar circuitos, isolar sistemas e interligar subestações de distribuição com subestações centrais de transmissão.
  • Subestação de Distribuição: são subestações próximas aos centros de cargas. Possuem transformadores abaixadores para abaixar a classe de tensão e distribuir a energia para os transformadores de distribuição ou para as subestações consumidoras.
  • Subestação Consumidora: são subestações instaladas em propriedades particulares. Normalmente são alimentadas em média tensão e possuem transformadores abaixadores para reduzir a classe de tensão, deixando-a nos níveis adequados ao uso.

A figura 2 abaixo mostra um esquema simplificado do SEP com subestação emissora e receptora de transmissão.

Figura 2: Esquema de um Sistema Elétrico de Potência Simplificado.

Figura 2

Fonte: Ebah (2016).

Quanto à instalação:

  • Externa: são subestações sujeitas a intempéries atmosféricas como o vento, a chuva e a poluição. Por isso, há um desgaste maior nos componentes, exigindo manutenções mais frequentes e equipamentos projetados para operar nestes tipos de ambientes.
  • Abrigada: são subestações geralmente próximas ao centro de carga. São instaladas em locais abrigados dentro da edificação ou em uma câmera subterrânea, ou seja, não é exposta ao tempo.
  • Blindadas: são subestações que possuem todos os equipamentos, na parte de alta tensão, protegidos por invólucros metálicos. Utiliza-se do gás hexafluoreto de enxofre (SF6) como isolador, permitindo a redução do espaço físico da subestação.

Quanto ao nível de tensão de operação:

  • Baixa Tensão: são subestações que possuem níveis de tensão inferiores a 1 kV.
  • Média Tensão: são subestações que possuem níveis de tensão compreendidos entre 1 e 34,5 kV.
  • Alta Tensão: são subestações que possuem níveis de tensão compreendidos entre 34,5 e 230 kV.
  • Extra Alta Tensão: são subestações que possuem níveis de tensão superiores a 230 kV.

Principais Elementos de uma Subestação

Antes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na Norma Regulamentadora (NR) 10, que trata de segurança em instalações e serviços de eletricidade, e na Norma Brasileira (NBR) 14.039, que trata de instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV, muitos equipamentos ou dispositivos eram dimensionados e instalados em condições inadequadas.

Além dos equipamentos serem superdimensionados, abrindo espaço para possíveis expansões sem a preocupação de novos estudos e cálculos, eles também eram substituídos sem observar compatibilidades elétricas, aumentando o nível de riscos de falhas.

Os principais componentes encontrados nas subestações são:

 

BIBLIOGRAFIA

MAMEDE, João Filho. Instalações Elétricas Industriais. 7. ed. São Paulo: LTC, 2007. 914 p.

POSSI, Marcus. Subestações. O Setor Elétrico, São Paulo, ed. 68, p. 34-41, setembro 2011.

FRANÇA, Renato de Carvalho. Projeto de Modernização de Subestação Consumidora. Rio de Janeiro. 2012.

DUAILIBE, Paulo. Subestações: Tipo, Equipamentos e Proteção. Rio de Janeiro. 1999.